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SEPARADOS NO ORFANATO, IRMÃOS SE REENCONTRAM DEPOIS DE TRÊS DÉCADAS NO INTERIOR DE SP: 'EMOÇÃO INDESCRITÍVEL'

SEPARADOS NO ORFANATO, IRMÃOS SE REENCONTRAM DEPOIS DE TRÊS DÉCADAS NO INTERIOR DE SP: 'EMOÇÃO INDESCRITÍVEL'

Separados no orfanato, dois irmãos puderam se abraçar novamente após três décadas em Castilho, cidade com cerca de 19,9 mil habitantes, no interior de São Paulo. O reencontro ocorreu no dia 15 de março, com a ajuda do apresentador Luciano Huck.

Ao g1, o jardineiro Fernando Porto Macena, de 36 anos, - que antes era Juscelino - e a irmã dele, Fernanda Giovanna Nicolin, de 41, contaram que foram deixados, há 33 anos, na porta de um orfanato em Jaú (SP), cidade onde nasceram, aos três e oito anos, respectivamente.

Em 1991, a decisão da entrega para a adoção dos irmãos foi tomada pela Justiça, após a separação do casamento dos pais e problemas familiares. Depois de dois anos no orfanato, Fernando foi adotado por um casal de Castilho.

Ainda quando criança, um ano e meio depois, Fernanda foi adotada por italianos, se mudou para Veneza e, desde então, separados por um oceano, cortou o vínculo com o irmão. Atualmente, Fernanda reside em Palermo, capital da ilha italiana da Sicília, com o marido e os filhos.

“Eu tive uma infância difícil no orfanato. Eles não nos tratavam bem, eram muito violentos. A gente tinha muito medo. Minha vida no instituto foi triste, sempre senti falta da minha mãe, sempre chorei, queria uma família. Isso me causou sofrimento emocional até hoje, certos traumas não podem ser superados”, lembra Fernanda.

O reencontro

O tempo e a distância não foram capazes de apagar o vínculo especial que os unia desde a infância. Em 2020, o primeiro sinal de esperança: Fernando localizou a irmã nas redes sociais, com a ajuda de um voluntário.

Durante três anos, os irmãos conversaram e prometeram que um dia se abraçariam novamente. Porém, devido às dificuldades financeiras, o encontro parecia uma realidade distante.

“A gente planejava se ver, conversamos por três anos pelo celular, mas, pela minha condição financeira, eu não conseguia ir para lá. Ela também não vinha para cá, porque tem quatro filhos e teria que trazê-los também. Mas, eu sempre falei para os meus pais que queria um irmão ou irmã. E eu tinha e não sabia”, explica Fernando.

Fonte: G1 São José do Rio Preto

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