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Justiça torna vereador réu por falso testemunho e corrupção ativa

Justiça torna vereador réu por falso testemunho e corrupção ativa

Denunciado pelo Ministério Público em dezembro do ano passado, o vereador Bruno Augusto de Jesus Ferreira se torna réu por falso testemunho e corrupção ativa. A decisão é do juiz Gustavo Moreira, da Vara Criminal. O processo, que tramita na Fórum da Justiça de Frutal, possui três volumes e já tem mais de 500 páginas. Atualmente, é aguardada manifestação por parte da defesa do réu.

O Ministério Público denunciou o vereador Bruno Augusto pela prática de corrupção ativa e falso testemunho ocorridos na Operação Veredas e também na Operação Déjá Vu, que apuraram a existência de esquemas de compra de votos de vereadores na eleição para presidência da Câmara de Frutal. À época, o vereador se apresentou como denunciante ao expor para a Polícia Civil gravações de compras de votos por parte do ex-presidente Marcelo Luís de Oliveira.

O mesmo aconteceu nas eleições da Mesa Diretora para o biênio 2017 e 2018, que resultou na prisão de sete vereadores e, posteriormente, na cassação deles. Em sua defesa, quando questionado sobre propostas que também havia feito aos colegas, Bruno teria dito que as vantagens que apresentou aos vereadores em troca de votos para presidência se deram para coletar materiais para denúncia e que, portanto, as suas falas seriam isentas de propósitos.

No entanto o Ministério Público recebeu outras gravações que incluem negociações entre Bruno Augusto e o então vereador Ricardo Soares da Silva (Mazzarope) que, no entendimento da promotora Daniela Campos de Abreu Serra (autora da denúncia), demonstram claramente que o vereador Bruno negociava vantagens ilícitas com os vereadores com a clara intenção de se eleger presidente.

Diz a denúncia: “Segundo restou apurado, o denunciado, vereador eleito para o mandato 2017/2020, pretendia concorrer à presidência da Câmara Municipal de Vereadores de Frutal/MG para o biênio 2017/2018. Para obter os votos dos vereadores eleitos/reeleitos, passou então, a articular junto a eles a sua campanha. Assim é que na data dos fatos, o denunciado estabeleceu contato telefônico com o vereador reeleito Ricardo Soares da Silva, vulgo Mazzarope e ofereceu vantagem indevida em “troca” de voto para campanha de Presidente da Câmara”.

Ainda na denúncia consta que no dia 24 de julho de 2017, Bruno Augusto “fez afirmação falsa como testemunha em processo judicial”. Para a promotora, a real intenção de Bruno em ser presidente no biênio 2017/2018 se confirma com o protocolo de nova candidatura à Mesa Diretora para o biênio 2019/2020. A denúncia foi protocolada no dia 19 de dezembro e aceita no dia 10 de janeiro.

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