Polícia

Assassino de Kelly Cadamuro é condenado a 45 anos

Assassino de Kelly Cadamuro é condenado a 45 anos

Foi condenado a mais de 45 anos de prisão Jonathan Pereira do Prado, 34 anos, acusado de matar a estudante Kelly Cristina Cadamuro, 22 anos, depois de pegar carona que foi combinada pelo WhatsApp. A sentença foi proferida pelo juiz Gustavo Moreira nesta quarta-feira (19). O criminoso está preso desde o dia 3 de novembro em Uberaba.

Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), réu foi condenado por latrocínio, ocultação de cadáver, estupro e fraude processual. Serão 42 anos, 11 meses e sete dias de reclusão em regime fechado e a mais dois anos, 11 meses e sete dias em regime semiaberto.

O juiz Gustavo Moreira entendeu que a participação de Jonathan na reconstituição do crime, seguida da confissão, não deixa dúvidas quanto à autoria dos delitos denunciados no inquérito policial. De acordo com o magistrado, detalhes como a abordagem, a imobilização da vítima, o deslocamento da mesma para local ermo e o descarte do corpo no rio foram admitidos pelo acusado.

O advogado de defesa de Jonathan, Márcio Ferrari adianta que pretende entrar com recurso contra a condenação. Outros dois envolvidos no crime - Daniel Theodoro da Silva e Wander Luís Cunha - acusados de receptar os objetos roubados da vítima também foram condenados.

Wander foi condenado a dois anos e seis meses de reclusão e a outros dois anos e oito meses de detenção; e Daniel Theodoro da Silva foi condenado a três anos, quatro meses e oito dias de reclusão. Soltos recentemente pela Justiça, eles terão direito a recorrer em liberdade.

CRIME

Kelly Cadamuro era estudante de radiologia e desapareceu no dia 1º de novembro de 2017 depois de sair de São José do Rio Preto (SP) com destino a Itapagipe (MG), para encontrar com o namorado.

Os familiares da vítima relataram que ela participava de um grupo de carona e tinha combinado de levar um casal para a cidade mineira. Mas, no momento da viagem, o suspeito Jonathan disse que a namorada desistiu e iria apenas ele.

O circuito de segurança de uma praça de pedágio registrou imagens da jovem passando pelo local dirigindo. Mais tarde, o carro retorna, mas é o homem quem aparece ao volante.

A polícia encontrou o carro de Kelly abandonado e sem as quatro rodas, o rádio e o estepe em uma estrada rural entre São José do Rio Preto e Mirassol (SP).

Dois dias após o fato, três suspeitos foram presos, entre eles Jonathan Pereira. Em depoimento à polícia, ele admitiu ter feito uso do aplicativo para armar o crime e que esperou chegar até um trecho sem movimento da rodovia para pedir que a motorista parasse o carro para ele urinar. A vítima estacionou e ele começou a dar socos no rosto dela.

Durante as investigações Jonathan contou que a vítima teve os braços amarrados por uma corda e foi arrastada. Segundo o delegado responsável pelo caso, ele premeditou crime.

O corpo da jovem foi encontrado entre Frutal e Itapagipe, às margens do ribeirão Marimbondo, sem a calça e com a cabeça mergulhada na água. A declaração de óbito apontou que ela foi vítima de asfixia e estrangulamento.

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