Polícia

Assassino de ‘Claitinho" tem pena aumentada

Assassino de ‘Claitinho

Acusado de ser o autor dos disparos que matou Claiton Souza de Paula (Claitinho da Vila), em janeiro de 2014, Rodrigo de Oliveira Silva (Didigo) teve sua pena aumenta de 17 para 29 anos em novo julgamento realizado na terça-feira (5). A técnica em enfermagem Flavia Rodrigues Tomaz também teve sua participação no crime revista pelo Júri, mas, o Conselho de Sentença voltou a absolvê-la. Os dois já haviam ido a julgamento em setembro de 2015, mas o Ministério Público recorreu do resultado e o novo julgamento aconteceu.

O assassinato de Claitinho foi um caso marcante em Frutal e aconteceu em duas etapas. Primeiro, na noite de 26 de janeiro de 2014, ele sofreu um atentado no semáforo da esquina das avenidas Euvaldo Lodi e Brasília. Mesmo alvejado 12 vezes, ele resistiu e foi internado no Hospital Frei Gabriel. Dias depois, dentro do hospital, ele sofreu nova investida e foi atingido por mais seis tiros. Desta vez ele não resistiu e morreu alguns dias depois em Uberaba, para onde foi transferido.

O promotor Renato Teixeira Rezende, que atuou na acusação, explica que o MP recorreu, principalmente, porque no julgamento anterior os jurados consideraram o atentado ocorrido na Avenida Brasília como mera lesão corporal. O promotor entendia que se tratou de tentativa de homicídio, que tem pena bem maior, e por isso recorreu.

No novo julgamento, o Júri acatou a tese do Ministério Público. Condenou Claitinho pelo homicídio duplamente qualificado, pela tentativa de homicídio anterior e ainda por associação criminosa. Sua pena final saltou de 17 anos para 29 anos e 4 meses de prisão. Ainda assim, o promotor afirmou que avalia se irá recorrer novamente da sentença.

O Advogado de defesa Paulo Ramadier Coelho também avalia entrar com recurso. Ele discorda, principalmente, da condenação por associação criminosa e põe dúvidas sobre a tentativa de homicídio, já que outro envolvido foi condenado por lesão corporal de natureza grave no mesmo episódio.

Ele enumera, porém, as vitórias da defesa. “A nossa primeira vitória foi tirar qualquer culpa da Flavia e ela foi novamente absolvida”, comemora. A técnica em enfermagem era apontada como cúmplice por, supostamente ter enviado mensagens de texto para Didigo e facilitado sua entrada no hospital.

A segunda vitória, segundo o advogado Ramadier Coelho, foi decotar a acusação de tentativa de homicídio contra Jader, irmão de Claitinho. Jader estava no hospital em companhia do irmão quando o segundo atentado aconteceu e acabou sendo ferido de raspão por um dos disparos. Neste segundo julgamento, Didigo também foi inocentado da acusação de corrupção de menor.

De acordo com o promotor Renato Teixeira, o “caso Clatinho” foi um episódio típico de guerra de gangues em Frutal. Eles informou também que dos envolvidos, dois foram absolvidos por falta de provas, 1 menor sofreu aplicação de medida sócioeducativa e, além de Didigo, outros 2 foram condenados: um por tentativa de homicídio e outro por lesão corporal grave.

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