A Polícia Civil de Minas Gerais, por meio da Delegacia de Fraudes de Frutal, concluiu a primeira fase da Operação Mérito Reverso, que resultou no indiciamento de dez investigados. Parte deles responde por estelionato e falsidade ideológica; os demais também foram indiciados por associação criminosa, fraude contra credores e indução do juiz a erro, estes últimos previstos na Lei de Falência. A investigação apontou a existência de um esquema estruturado para obter vantagem ilícita por meio de fraude em contrato de financiamento, além de manipulação de processos judiciais para beneficiar os envolvidos e transferir ao Banco Safra o prejuízo causado. Conforme apurado, garagistas, em conluio com outros investigados, teriam frustrado o processo de recuperação judicial de uma empresa, ocultando bens e privilegiando determinados credores. Há indícios de que o grupo também buscou induzir o magistrado a erro durante o processo. Análises minuciosas, incluindo perícia em celulares apreendidos, sustentaram os indiciamentos. Com a conclusão desta etapa, os autos foram desmembrados para continuidade das apurações sobre lavagem de dinheiro, que exige aprofundamento financeiro. As diligências seguem para rastrear a origem e a movimentação dos recursos. Os dois garagistas presos preventivamente continuam recolhidos por determinação judicial.