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ATÉ AGORA, APENAS 51% DAS CRIANÇAS FORAM VACINADAS CONTRA A COVID EM FRUTAL

ATÉ AGORA, APENAS 51% DAS CRIANÇAS FORAM VACINADAS CONTRA A COVID EM FRUTAL

Mais de 1.400 crianças morreram vítimas da Covid-19 em todo Brasil desde o início da pandemia. Mesmo assim, ao que parece alguns pais frutalenses parecem ter mais medo da vacina do que da própria doença.

Isso porque de acordo com o último vacinômetro divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, apenas 2.666 crianças com idades entre 5 a 11 foram vacinadas contra a Covid-19 em Frutal, até o momento. Ou seja, somente 51% desse público-alvo foi imunizado nesse primeiro ciclo de vacinação, que inclusive se encerrou na última sexta-feira, dia 18 de fevereiro.

Cerca de 3 mil crianças que estão nessa faixa etária precisam receber a primeira dose da vacina, mas ainda não foram levadas aos postos de imunização por pais ou responsáveis. A baixa procura se deve a uma soma de fatores como desinformação, Fake News e polarização política.

Contudo, a secretária de saúde, Patrícia Xavier, ressalta mais uma vez que a vacina é completamente segura. “O imunizante passou por testes realizados tanto por instituições internacionais como pela própria Anvisa e não ficou constatado nenhum risco à saúde das crianças”.

A secretária de saúde ainda ressalta que em Frutal foram registrados pouquíssimos casos de crianças que tiveram reações adversas por causa da vacina. “Foram apenas casos leves que foram acompanhados de perto pela Secretaria. Além disso, é importante destacar que a criança pode ter reações adversas não só com vacinas, mas também ao ingerir um alimento ou mesmo com uma picada de inseto. Então esse receio todo com a vacina não faz muito sentido”.

Patrícia destaca que foi graças à vacina que o número de mortes e internações caíram nos últimos meses. “Mesmo durante os meses de dezembro e janeiro em que houve uma explosão de casos de pessoas que contraíram Covid, o número de internações se manteve estável e foram registrados poucos óbitos na nossa cidade”.

Ainda de acordo com a secretária, alguns pais não estão levando as crianças para se vacinarem por acreditarem na informação errônea de que crianças não contraem casos graves da doença. “A prova que isso não é verdade é que mais de mil crianças já morreram vítimas da Covid no Brasil. Além disso, a quantidade de crianças internadas aumentou consideravelmente nos últimos meses em todo o país”.

Patrícia lembra que o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA estabelece que a vacinação é um direito de toda a criança e dever dos pais. “Por isso, iremos desenvolver um trabalho em conjunto entre as Secretarias de Educação e Saúde, o Conselho da Criança e do Adolescente, o Conselho Tutelar e o Ministério Público para conscientizar esses pais. Dentre ações, estão desde a produção de um vídeo educativo até reuniões com esses pais que precisam entender que com o retorno das aulas presenciais as crianças estão mais expostas ao vírus e por isso precisam ser devidamente imunizadas”, alerta a secretária de saúde.

Sobre a vacinação de crianças menores de cinco anos, Patrícia adianta que ainda não há uma data para que essas imunizações comecem. “Essa é uma decisão que cabe ao Ministério da Saúde e a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais”, finaliza.

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